sexta-feira, 27 de maio de 2011

In memorian *Wlademir Marques

24.05.2011
Jose Cláudio Ribeiro da Silva? Presente!

24.05.2011
Maria do Espírito Santo? Presente!

12.02.
2005 Dorothy Stang ? Presente!

09.07.2001
José Pinheiro Lima? Presente!

Cleonice
Campos Lima? Presente!

Samuel
Campos Lima? Presente!

14.01.1989
Antenor Moreira? Presente!

22.12.1988
Chico Mendes ? Presente!

29.10.
1988 João
Canuto ? Presente!

31.10.1988
Adelaide Molinari? Presente!



25/5/2011 Governo Federal?
FALTOU!

25/5/2011 Governo Estadual? FALTOU!

25/5/2011 Governos Municipais?
INEXISTENTES!

25/5/2011 Justiças Federal e Estadual? FALTARAM!

25/5/2011 Políticos?
FALTARAM!

25/5/2011 Justiça Social?
Inexistente!

25/5/2011 Democracia?
Inexistente!

25/5/2011 INCRA?
Inoperante!

25/5/2011 IBAMA?
Inoperante!

25/5/2011 Órgãos de Segurança Pública? Inoperantes ou
quando


depositarem
as diárias.

25/5/2011 Latifúndios?
PRESENTES!

25/5/2011 Cooptação?
100%
presente!

25/5/2011 Desmandos? 100%
presente!



Por que os militantes do PC do B escolheram o Sul do Pará para montarem o movimento guerrilheiro nos anos 60 e 70?

Por que a maioria dos conflitos agrários ocorre na região Sul do Pará?

A companheira Stella, militante do Comando de Libertação Nacional (COLIMA) e da Vanguarda Armada Revolucionário Palmares (VAR-Palmares) – entidades que defendiam a luta armada para modificar o
status quo dos oprimidos nas décadas de 60 e 70, cujo perfil coincide com os dois assassinados em Nova Ipixuna - PA, hoje está com a caneta e com as chaves doS cofres federais não conseguiu
evitar mais essa tragédia. Ou os ideais defendidos na luta armada foram abandonados
e/ou esquecidos, após o poder ser conquistado pelas vias legítimas e legais.

Quanto mais serão imolados a fim de que efetivamente uma estratégia sustentável seja elaborada e implementada nas terras do emblemático e esquecido Sul do Pará?

Em respeito aos combatentes dessa guerra tombados no cumprimento do dever, um minuto de silêncio!


(*) Aprendiz de escritor de nas vagas
horas.

Nota da CPT Nacional sob o Assassinato do Casal de Ambientalistas



“Se nos calarmos, as florestas gritarão”


A Coordenação Nacional da CPT, reunida em Goiânia para uma de suas
reuniões ordinárias, recebeu com extrema tristeza e indignação a
notícia do assassinato do casal Maria do Espirito Santo da Silva e José Cláudio Ribeiro da Silva, ocorrido na manhã do dia 24 de maio, no Projeto de Assentamento Extrativista, Praia Alta Piranheira, no município de Nova Ipixuna, sudeste do Pará.

Esta é mais uma das ações do agrobanditismo e mais uma das mortes
anunciadas. O casal já vinha recebendo ameaças de morte. O nome deles
constava da lista de ameaçados de morte registrada e divulgada pela CPT. O de José Cláudio em 2009 e em 2010, e o de sua esposa Maria do Espírito Santo, em 2010 (seguem em anexo as duas listas). Esta lista, junto com a dos assassinatos no campo de 1985 a 2010 foi entregue ao Ministro da Justiça, no ano passado. Mas nenhuma providência foi tomada.

“José Cláudio e Maria do Espírito Santo se dirigiam de moto para a
sede do município, localizada a 45 km, ao passarem por uma ponte, em
péssimas condições de trafegabilidade, foram alvejados com vários tiros de escopeta e revólver calibre 38, disparados por dois pistoleiros que se encontravam de tocaia dentro do mato na cabeceira da ponte. Os dois ambientalistas morreram no local. Os pistoleiros cortaram uma das orelhas de José Cláudio e a levaram como prova do crime”, registra nota CPT de Marabá, que esteve no local do crime.

José Cláudio e Maria do Espírito Santo foram pioneiros na criação da
reserva extrativista do Assentamento Praia Alta Piranheira no ano de 1997.
Devido à riqueza em madeira, a reserva era constantemente invadida por
madeireiros e pressionada por fazendeiros que pretendiam expandir a
criação de gado no local.

Mas nossa indignação aumentou com a notícia, veiculada pelo jornal Valor Econômico do dia de hoje, 25, de que o deputado José Sarney Filho ao ler,em plenário, a reportagem da morte dos dois lutadores do povo, foi vaiado por alguns deputados ruralistas e pessoas presentes nas galerias da Câmara Federal, que lá estavam para acompanhar a votação do novo Código Florestal. Este fato nos dá a exata dimensão de como a violência contra os trabalhadores e trabalhadoras do campo é tratada. Certamente a notícia destas mortes foi recebida com alegria em muitos espaços, pois mais um “estorvo” no caminho dos ruralistas e dos defensores do agronegócio foi removido.

A Coordenação Nacional da CPT reafirma a responsabilidade do Estado por este crime. A vida das pessoas e os bens natureza nada valem se estes se interpuserem como obstáculo ao decantado “crescimento econômico”,defendido pelos sucessivos governos federais, pelos legisladores do Congresso Nacional que aprovam leis que promovem maior destruição do meio ambiente, e pelo judiciário sempre muito ágil em atender os reclamos da elite agrária, mas mais que lento para julgar os crimes contra os camponeses e camponesas e seus aliados. A certeza da impunidade alimenta a violência.

Parafraseando o Evangelho, não podemos nos calar diante desta barbárie, pois se nos calarmos, as florestas falarão (Lc 19,40).

Goiânia, 25 de maio de 2011.

Coordenação Nacional da CPT


quinta-feira, 19 de maio de 2011

REUNIÃO NO IFPA DISCUTE A CRIAÇÃO DO FÓRUM DE EDUCAÇÃO DO CAMPO NO NORDESTE PARAENSE

Em reunião realizada no último dia 18/05 quarta-feira, no IFPA Campus Castanhal, que contou com a presença do Prof. Salomão Hage da UFPA e vários professores e professoras do IFPA Castanhal, discutiram o fortalecimento e criação do Fórum de Educação do Campo do Nordeste Paraense como um instrumento político de articulação e integração das várias ações já desenvolvidas no âmbito da educação do campo na região.
A constituição do Fórum se dará partindo de algumas questões levantadas na reunião que teve os seguintes encaminhamentos: Fazer um retrato da educação do campo do nordeste Paraense, identificando o que é o nordeste paraense enquanto território? Quais as diretrizes ou parâmetros que poderá ser usado para se ter um diagnóstico da educação do campo do nordeste paraense?
Essas foram algumas das questões discutidas na reunião, que também constituiu uma comissão institucional e o comitê do Fórum de Educação do Campo do Nordeste Paraense, envolvendo representantes da UFPA/Campus Castanhal e IFPA/Campus Castanhal. A partir daí o objetivo é articular as demais instituições, movimentos sociais, sindicatos e etc.
Esses foram alguns passos nesta caminhada que visa se fortalecer ainda mais na busca de uma educação do campo e para o campo.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

EDUCANDOS DO PROEJA 2011 SÃO RECEPCIONADOS COM MÍSTICA NO IFPA



“Quantos caminhos o Homem deve andar, para que seja aceito como Homem? Quantos mares uma gaivota irá cruzar, para descansar na areia? Quantas balas dos canhões explodirão, antes de serem proibidos?” foi ao som de Blowin´in the Wind da cantora Diana Pequeno que os educandos filhos e filhas de agricultores, oriundos de municípios do Nordeste Paraense foram recepcionados no auditório Central do IFPA Campus Castanhal na manhã do último dia 16/05 segunda-feira. Eles integram a 2ª turma de Técnico Agropecuária integrado ao ensino médio pelo PROEJA – Programa de Educação de Jovens e Adultos no IFPA Campus Castanhal.
Para o momento de acolhida dos educandos, foi organizada uma “mística” pelos alunos do 3º ano, que também fazem parte do PROEJA, juntamente com o Núcleo de Educação do Campo do IFPA – Campus Castanhal. Com os olhos vendados, um a um foram entrando no auditório, guiado por pelos educandos do 3º ano, que os conduziam até o seu acento. Por alguns segundos, cada educando tiveram seus passos guiados por uma pessoa que eles nem se quer ainda conheciam, apenas ouviam a sua voz, a sua frente só escuridão e uma realidade ainda desconhecida, ao fundo o som de uma bela canção que não parava de tocar. Esse foi o cenário vivido pelos educandos da 2ª turma do PROEJA que aos poucos foram descobrindo o novo espaço que haviam conquistado. O acesso a educação, que historicamente foi negado aos sujeitos do Campo.
O Diretor do Campus o Profº Francisco Edinaldo Feitosa Araújo, esteve presente durante todo esse momento de acolhida e deu as boas vindas aos novos educandos, repassando sua mensagem de compromisso com a Educação do Campo e a valorização desses mesmos sujeitos, dando seu exemplo pessoal de vida dizendo: “Só a educação liberta, tenho isso como exemplo próprio, já são mais de trinta anos de estudo e dedicação, isso não é apenas três dias, é toda uma vida de dedicação e compromisso com os estudos”.
Segunda a Profª Camila Oliveira, Coordenadora do PROEJA no IFPA, o curso terá a duração de três anos em etapas alternadas de 30 a 45 dias distribuído em tempo escola e tempo comunidade, denominado de alternância pedagógica. “O curso terá um eixo articulador que é a definição de uma temática a ser trabalhada de forma interdisciplinar tanto nos tempo escola quanto tempo comunidade”.
Já o Profº Fernando Sarmento Favacho, Diretor de Ensino do Campus, deu as boas vindas aos educandos e reforçou o debate da Educação do Campo e a sua valorização como política pública.
Na manhã da terça-feira(17/05), foi realizada uma caminhada com os jovens agricultores nas unidades pedagógicas de experimentação, sob o acompanhamento do Prof. Fernando Favacho “Ao realizarmos esta caminhada pedagógica é necessário fazermos uma reflexão sobre formação profissional pautada pelo trabalho, agroecossistemas e a pesquisa como princípios educativos” frisou o prof. Fernando Favacho.
Na ocasião os Educandos (as) conheceram as unidades experimentais, começando pelo SAF`S(Sistema Agroflorestal), passando pelo setor de horta e o minhocário e em seguida conheceram o setor da suinocultura, bovinocultura e o projeto de milho “integração lavoura e pecuária”. Para cada uma destas unidades produtivas foram realizadas reflexões sobre o trabalho integrado entre as várias áreas do conhecimento, vendo o trabalho como um princípio educativo a partir da ação e reflexão, objetivando a defesa de um modelo de agricultura agroecológica pautado na sustentabilidade e no bem estar entre homem e natureza.
Com esta atividade os educandos puderam conhecer um pouco mais do Instituto e seus objetivos, bem como se apropriar da idéia central da qual se propõem o curso de agropecuária pelo PROEJA no Instituto.


segunda-feira, 9 de maio de 2011

Reunião discuti desafios da Educação do Campo no IFPA


Na próxima quinta-feira, dia 12 de maio, às 15:00 horas haverá uma reunião no IFPA Campus Castanhal que contará com a presença do Prof. Dr. Salomão Hage da UFPA, a reunião irá tratar dos novos desafios da Educação do Campo no IFPA – Campus Castanhal.
Atualmente o IFPA Campus Castanhal vem trabalhando com vários programas de Educação do Campo, o próximo passo do Instituto é a institucionalização de alguns cursos que estão sendo realizados através de programas, neste caso os mesmos terão anualmente continuidade com turmas sucessivas, a exemplo disto tem sido as turmas do PROEJA-Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos, o mesmo já deve iniciar a sua segunda turma agora no dia 16 de maio, ofertando 40 vagas de ensino médio integrado o técnico profissionalizante.
“Essas ações têm contribuído bastante com o acesso as políticas públicas de Educação do Campo dando oportunidade a vários jovens do meio rural que antes não se viam estudando no Instituto (antiga Escola Agrotécnica) e hoje podem concluir seu ensino médio e também cursar o ensino superior”. M. Silva, educando do Instituto.
Esses são os desafios do Instituto, dar espaço e acesso a educação de qualidade aos que antes não os tinha. A reunião visa estabelecer novos passos nesta caminhada por uma Educação do Campo e para o Campo.